tag:blogger.com,1999:blog-12318678284084152652024-02-07T16:30:34.171-03:00404Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.comBlogger42125tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-75174740186380703492012-05-28T00:49:00.024-02:002012-05-28T01:07:31.527-02:00I know I know I know<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="MsoNormal"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2ac02ffBKuiFe9KoFeDaEd6Zc-ADNyxQlLAbipLD53LCpcUWI39Xs81-JSuAOyrlASUHrld84lWU-RZOT7lxtHk5gCDYIEfw4f5U9i4wvoL84hOtQclEUjl4gK0nGCKSoKqCSHMSHcCU/s1600/sasas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2ac02ffBKuiFe9KoFeDaEd6Zc-ADNyxQlLAbipLD53LCpcUWI39Xs81-JSuAOyrlASUHrld84lWU-RZOT7lxtHk5gCDYIEfw4f5U9i4wvoL84hOtQclEUjl4gK0nGCKSoKqCSHMSHcCU/s320/sasas.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>“I know I know I know, you’re still my love. </b></span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">The same as Iove you, you’ll always love me too. </b><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">This love isn’t good unless it’s me and you.”</b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Tegan and Sara] </span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma carta pra você-que-fez-tudo-errado. Meu bem, me diz: como foi que você chegou aqui? Aqui, eu digo, em mim, porque isso de “aqui” é um tanto quanto inalcançável pra nós, condenados a essas coordenadas distantes. Não me foi exigido um cômodo vago, nada de solicitações. Houve, sim, um amor invadindo qualquer espaço mínimo com um resquício qualquer de ar, uma espécie de alojamento imediato e, no fim das contas, bem vindo. Pioneirismo seu, que me apresentou amor. Não sabia lidar, deixei entrar, roleta russa que me acertou o peito. Outra dimensão dos verbos, outros alcances pros advérbios. Você mudou a semântica em mim. E a gente segue assim: se achando em tudo enquanto não pode se encontrar. E a gente segue assim: encontrando a calmaria na nossa tempestade particular. E a gente segue assim: se revirando pelo avesso pra redescobrir aquela já enferrujada certeza na qual se apoiar. Então eu te amo como ouço minhas músicas preferidas: com fones de ouvido. Te amo com fones pra sentir cada nota, entender cada junção que faz nascer o acorde. Te amo com fones pra não deixar que o ar me tome um detalhe sequer, pra não deixar que banalizem a nossa trilha sonora. Te amo com fones porque sinto ciúmes, porque não divido, porque nada jamais foi tão meu assim. Mas, ei, era mesmo pra ser uma carta? É, uma carta pra você-que-fez-tudo-errado e me deu o amor mais certo. Te amo como a vida me ensinou o melhor do amor. Te amo com o melhor que há em mim. Já não há quem duvide: a realidade sobrepôs a fantasia. Ele canta pra gente e mexe comigo<span class="apple-converted-space"> </span><i>“I think I love you better now”</i>. Deixo de ser só pra ser dois em nós.</span></span></div></div></div></div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-16434059703029716202012-04-22T19:37:00.001-02:002012-04-22T20:10:32.021-02:00Said and Done<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyoMhEz9rdv9Wefpf8f4b_LgW7qIsFKfsqe8npZcODMIDEPwNW0VcovRacTDMHDCsxxRp5hkGjxra3DiwC3PvltVlAXL2MLJE79CDm4fjP6QjbgvmyAhOHiNS94dJYMytkY_oxb27qRUA/s1600/2896834412_f35fb1493d_z_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyoMhEz9rdv9Wefpf8f4b_LgW7qIsFKfsqe8npZcODMIDEPwNW0VcovRacTDMHDCsxxRp5hkGjxra3DiwC3PvltVlAXL2MLJE79CDm4fjP6QjbgvmyAhOHiNS94dJYMytkY_oxb27qRUA/s320/2896834412_f35fb1493d_z_large.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b><br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>“It had
never ocurred to me that our lives, so closed interwoven, could unravel with
such speed.”</b><o:p></o:p></span></span><br />
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Never Let Me Go] </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lembro de quando você me pedia palavras, baby, falava que
merecia um texto. Merecia sim. Mas é agora, em nosso tempo quase póstumo, que
eu sento pra nos repensar. Não existe presença, no máximo uma saudade
comportada que grita na minha janela vez ou outra e senta tímida no canto, de
castigo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A gente se olha e não se vê. A gente só se reimagina com
aqueles olhos de passado de quando chegamos a ser coisas bonitas. Há um par de
anos escrevi “Somos um fardo. Dois fardos. Grandes, mas leves. Ou até pesados,
mas podemos nos aliviar, dividir o peso. Emagrecer em conflito e então respirar”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tive medo ao descobrir ser feliz sem você e perceber que
podia abrir mão de toda a felicidade que sempre soubemos fazer. Tive medo de
nos transformar em uma ausência presente, de nos lembrar em saudades
inconvenientes. Tive medo também de nos converter em presenças ausentes, daquelas
que sobra corpo, mas falta alma.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lembra de quando ela cantou no show e você me olhou? Ouve
agora, aumenta o volume. Eu tive que deixá-lo ir, mas mesmo que eu não mais
esteja, lembre que me ouviu dizer o quanto me importei e o que eu senti. Fui
embora por vontade e também por vontade não voltarei, por isso agora tento
economizar em palavras pra não gastar as memórias falhas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sempre nos considerei rabisco transformado em poesia, mas de
repente me parece que a poesia regrediu e viramos redação clássica ensinada. Hoje em dia usamos vírgulas, respeitamos a
margem, somos contidos, nutrimos pudores entre nós. E muros. Muros! Acredita? Antes éramos lar,
baby, sem pressa.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ninguém soube me desvendar como você. Ninguém prestou tanta
atenção nos detalhes, nas estranhezas, nas particularidades. E eu não quis
romper bruscamente com o passado, mas o tempo chega, agressivo, e leva as
coisas pra longe – dizem que longe é quase um esquecimento. Não precisamos nos lembrar sempre, mas o que
fomos não foi feito pra esquecer.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As descidas na ladeira pediram por freios, a rapidez da
parada nos capotou. Tropeçamos com os passos em câmera lenta, dá pra entender?
O acidente foi grave. Só sei que continua estranho precisar de lupa pra enxergar
um passado enorme. Foi desconfortável nos reduzir por necessidade. Você disse “Rápido
como veio, foi”. Sabemos – como canta a banda que você me apresentou em cantorias com o nascer do sol – meu bem,
tudo mudou.</span></div>
</div>
</div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-25185276610909306132012-02-29T18:21:00.008-03:002012-02-29T18:33:12.008-03:00This Is The Beginning<div style="background-color: white; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #555555; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0429688) 0px 1px 1px;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuddz_u67xLx91t2mjDlBzxAwLRChwczA-v-stVyThF_nYax4ZvAgjG6qM2JsTR8aFX21mcOXFPGruwtpJX0ryqj3sBZpwEC8iNUhe8DqZJCPe3rY4Ak31JEHIisoPgXm9hgmvKPl8fvM/s1600/373840_267967296601047_200374086693702_769519_1894222097_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuddz_u67xLx91t2mjDlBzxAwLRChwczA-v-stVyThF_nYax4ZvAgjG6qM2JsTR8aFX21mcOXFPGruwtpJX0ryqj3sBZpwEC8iNUhe8DqZJCPe3rY4Ak31JEHIisoPgXm9hgmvKPl8fvM/s320/373840_267967296601047_200374086693702_769519_1894222097_n_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-bottom: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; text-align: justify;"><b>“Open the boxes, unpack what you own. Hang up some posters and make this a home. Walk down the stairs and open the door, look at the things you’ve never seen before. This is the beginning of anything you want.”</b></div><div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; text-align: justify;">[Boy]</div><div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; text-align: justify;">Enclausurada numa penitenciária de liberdade extrema que não me atava a absolutamente nada. Algemas por ser avulsa, seria trágico se não fosse cômico. <i>Avulso: arrancado à força, desligado do corpo ou da coleção de que fazia parte, desirmanado, solto.</i> Presa por ser solta demais? É, presa por engano. Nunca me igualei àqueles xiita contra o amor, mesmo no meu período mais anti-romântico. Eram só memórias frescas demais e a primeira fase da negação e isolamento pós-luto, amor morre também</div><div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; text-align: justify;">A teoria faz de tudo uma burocracia, mas pode-se dizer, apelando à conceitos leigos e um tanto quantos relativos, que a minha ficha criminal não é lá extensa. Nada que vá além de um pequeno furto de expectativas ou omissão de socorro à la "Summer - Tom", nunca tive paciência.</div><div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; text-align: justify;">Sabe, nunca consegui fazer questão de miniaturas, mas em anos outros cheguei a querer que tudo fosse um resquício do passado. Procrastinei e reconsiderei a cada demonstração de vitalidade do que tive, mas seria respiração artificial, eu sabia. Não queria reinventar história, queria era inventar amor. Nos 16, fui primavera. Nos 17, inverno. Nos 18 e 19, verão. E agora, no outono dos 20, a história é outra.</div><div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; text-align: justify;">Dobrei, rasguei, apaguei, contornei. Cansada de acumular, deixei tudo escorrer. Touché, acertei! Afinal nada é mais desagradável que o ceticismo absoluto, amargura não funciona desde o byronismo. Então fiz de mim quem acreditei merecer ser. Sem melancolia e também abrindo mão da razão que sempre me dominou. Quero sentar à margem e tocar na água. Ponta dos pés, pernas, mergulho, correnteza. Eis a sequência do perigo – e da felicidade - que a gente percorre, consciente ou não.</div><div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; text-align: justify;">Nem foi preciso ir embora, só soube aprender quando não estar mais perto de tudo que ficou pra trás. Eu voltaria sim, se achasse que flashback de alegria fosse possível, mas hoje duvido da capacidade do passado de me fazer feliz. Não quero mais lembranças que sufoquem possibilidades. Não quero só começo e fim, quero durante.</div><div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; text-align: justify;">Dizem que o vinho mais caro não serve quando a sede é de água, então o ontem deixa de servir se a vontade é de futuro. Escolho a loucura que é recomeçar por um bloco de notas já tendo à disposição uma biblioteca vasta de literatura clássica. Dessa vez vou investir num lançamento, prólogo contemporâneo, mas nada de ficção.</div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-105961177090875912012-01-13T00:06:00.002-03:002012-01-13T00:09:51.235-03:00Unobstructed Views<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div class="western" style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsdxzJfBH3zdqR1jREionst5YKgFXmM_WvvuA7lI6SHgP3eqKVfuqtK9BAuKREydlkjGrru5-29s5hQ3OIfT4ciKgkowZsk_vCYFI1dG337JEBIev-3c8SKKl04gBsH1wR4A9cF6YUOfY/s1600/tumblr_lta9g5f46f1qb5xwao1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsdxzJfBH3zdqR1jREionst5YKgFXmM_WvvuA7lI6SHgP3eqKVfuqtK9BAuKREydlkjGrru5-29s5hQ3OIfT4ciKgkowZsk_vCYFI1dG337JEBIev-3c8SKKl04gBsH1wR4A9cF6YUOfY/s320/tumblr_lta9g5f46f1qb5xwao1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="line-height: 0.5cm; margin-bottom: 0.26cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<b>And I think you need to stop following misery’s lead. Shine away, shine away, shine away. Isn’t it time you got over how fragile you are, we’re all waiting, waiting on your supernova. Cause that’s who you are and you’ve only begun to shine.”</b></span></div></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Anna Nalick]</span></div></div><div class="western" style="line-height: 0.5cm; margin-bottom: 0.26cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre as duas que sou, entre as muitas que fui, por todas as vezes que renasci…Sempre fui difícil. Pouco papel pra muita escrita. De alguma maneira hermética, muito silêncio, pouca confissão. Mas ouvi dizer que ninguém sabe dos desejos de um mudo, então faço disso um decreto: ando farta da procura por doses mais fortes, exausta de complexidades cansativas. Eu, relógio inverso, tiquetaqueando. Eu-não-vítima, eu-homem-bomba, ferida por meus ideais tortos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Escrevo como vivo, um pouco cega e quase secreta. Uma cegueira seletiva, veja bem, só fecho os olhos pro que desinteressa – maioria, devo assumir. Até porque essas condutas clássicas nunca me atraíram, esses conceitos tradicionais nunca me ganharam. E não é rebeldia, não, é l-i-b-e-r-d-a-d-e. Essas bobagens todas aquarianas, porque no fundo talvez eu acredite um pouco nessas de astrologia, minha razão sempre teve uns vacilos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São vontades muitas, plurais, incontáveis. Em grande parte impronunciáveis até. Mas é que nunca tive disciplina exemplar, provavelmente culpa de algum tipo de sombra selvagem que me habita e perpetua esses desejos que se atropelam. Só que aprendi a respeitar a sinalização com toda aquela monotonia de direção defensiva, sei hoje posicionamento de via e não atravesso pro lado que não me pertence.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se acelerei demais, foi pelo desafio, pelo perigo, por vaidade. Quando eu quis, se quis – e quase nunca tão demais - foi por encanto momentâneo. O que eu quero, hoje, se projeta em meu norte, num futuro emoldurado pendurado na parede do que tem que ser. E não sei, mas nessa parede não tem mais a foto de ninguém…. Se eu me perdi? Prefiro dizer que ainda não me achei. Ninguém precisa acelerar coisas tão naturais, prefiro guardar com carinho o vazio pra alguém que vai chegar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que sei é que os tropeços do caminho fizeram de mim uma preguiçosa no amor, falta esforço ou fé. Não soube como reabilitar o quebrado, nunca quis consertar o danificado, deixei ir. Já o certo nunca dispôs de magnetismo suficiente, ironia descabida. Calada por questão de discrição, parada por ausência de encanto. Procurando por algo que valha o tempo, que justifique o sorriso. Um clímax que dure. Peço imensidões e recebo essas pessoas-poças, rasas. Não dá pra mergulhar, não dá pra se afogar, não dá. E nunca fui de aceitar personagem de narrativa linear.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje parece que a felicidade precisa de atalhos, o caminho usual é sujo, mal cuidado. Hoje o bonito se entorta pra viver. Vou me entortando. Vezes desacreditada, outras incrédula, mas com a arrogância de quem confia em si, continuo minhas linhas. Escrevo pra mim, sempre foi assim. E quando simulo desistência é cinismo. Nunca me permiti pausa no epílogo, quero desenvolver. Então tenho perdoado o atraso, afinal talvez o amor tenha perdido um lado do sapato por aí e é óbvio que não pega bem uma primeira impressão desleixada. O que ele não sabe é que eu aprecio a simplicidade, acho bonita a leveza dos pés no chão. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dezembro passa e eu penso em botar uma meia na janela: não quero a magnitude de um lustre, só a mágica de um pisca-pisca que me acenda. Que venha descalço, pisando em estrelas e com a profundidade de um oceano.</span></div></div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-2728559222918185652011-12-12T00:50:00.003-03:002011-12-12T00:55:27.529-03:00There She Goes Again<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgffNCo1xKZpRS-D5oUzLzDY1wfN8O7B0DdXuKPtGJ8_lGu-nogavU1XTLJRDGc8A4nnKbU5sV1sgbM_WX3IBlBFJj_WteRJGjycvA86u3I4Xz30GL7O1fUc4oM-obEjsrjypRg8q5ruXY/s1600/ssd.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgffNCo1xKZpRS-D5oUzLzDY1wfN8O7B0DdXuKPtGJ8_lGu-nogavU1XTLJRDGc8A4nnKbU5sV1sgbM_WX3IBlBFJj_WteRJGjycvA86u3I4Xz30GL7O1fUc4oM-obEjsrjypRg8q5ruXY/s320/ssd.jpg" width="270" /></a></div><div align="LEFT" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></div><div align="LEFT" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></div><div align="LEFT" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><b>“<i>Start new when your heart is an empty room </i>with walls of the deepest blue. (...) And all you see is where else you could be when you're at home, and<i> out on the street are so many possibilities to not be alone</i>. The flames and smoke climbed out of every window and disappeared with everything that you held, dear. And you shed not a single tear for the things that you didn't need, cause <i>you knew you were finally free</i>.”</b></div><div align="LEFT" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="LEFT" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">[Death Cab for Cutie]</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"> Eu sabia que seria definitivo. A gente sabe quando é a última vez, é o que dizem. Não quis prorrogações, melhor de três, revogação. Não quis que tu continuasse me prendendo naquele andar conhecido, com aquele cheiro mesclado que eu - tentei me convencer no depois - nem gostava tanto assim. Porque foi ali, no retângulo fechado, que me perdi pra ti. Mas, ah, tu nunca vais saber. Nunca vais saber a proeza que foi ter me tido daquele jeito. Eu te vejo ainda nas ruas, em fotografias, em saudades que só chegam depois das 23. Eu te vejo, mas não te olho. Faz sentido? Não que tenhamos feito algum dia, e sei que foi a teimosia o meu precipício. Reconheci em ti o brilho errado que me atrai. Ainda que sem acreditar, sabendo-me incapaz de confiar, fiquei. E ficaria de novo mesmo tendo que ir embora outra vez. <br />
<br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">Egoísta que sou, não mergulhei na tua vida, não perguntei dos antecessores, não me interessei pelos teus ontens. É que quem tem passado sabe o peso dele e evita. Eu tenho. Só que contigo quis um presente bonito, e tive. Nunca quis futuro, desculpa se não fui capaz de acreditar em nós. Mas te quis. Muito e quase evidentemente, não fosse eu atriz premiada. Largado no meu sofá, deitado na minha cama, te quis em todo lugar. Com aquelas provocações baratas seguidas por olhares cínicos que evidenciavam os cílios. Não tivéssemos sido inibidos, abortados, quase sujos, poderia até ter sido lindo. Teríamos sido lindos e longos, mas repletos de falhas, porque não fomos feitos pra durar. <br />
<br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">Alguma coisa em ti me deixava vazia, alguma coisa em nós não me preenchia. Faltou esforço. Mas tu quiseste me prender; eu cigana, imigrante. Tu quiseste me prender e isso não me espanta, mas eu quis ficar, e isso me assusta. Não por culpa tua, mas por displicência minha: deixei. E quando eu inventava razões pra ir, era só porque queria negar as imensidões que eram minhas vontades desvairadas. Quis a ti errado, perigoso, insuficiente, rápido. Fui artista e fui mentira, mas te querer foi a verdade impronunciável. Te quis fácil, mas não exclusivamente. Te quis madura, mas nem assim sabiamente. Tu de volta pra vida, eles de volta pra mim. Nada que eu não pudesse adivinhar, logo pra nós, que o mistério costumava engolir. <br />
<br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">Precisei escrever pra assumir que andei inquieta, não sou de negar. Precisei escrever porque parei de simplificar as complexidades, parei de te visitar sem bater na porta, parei de tentar entender a falta de lógica que nos arrebatou. Larguei. Precisei escrever hoje pra dar tchau, porque não dói mais nem ao som das minhas versões acústicas. Pra agradecer pelo que foste, pelo que trouxeste, pelo que me devolveste. Escrevo agora como quem vomita, já não guardo nada. Obrigada, mas vai. Sem presenças ou ressurreições verbais. Que vá embora, que seja ido, que seja sem volta. Que tudo mude, se já somos nada além de lembrança morna. Que tudo recomece e comece por mim.</div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-15178619364195717692011-10-29T16:01:00.002-02:002011-10-29T16:03:01.823-02:00Hold Still<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjFpf9YoogEhj1b-nR3G9fOsBWuiHUOufFejJuKjV4dUAo_xncg1r0GUAS3zuSNMduuuUCITyl9zBvlXrV11QTKYPLlw8qTt0gmEhlHuz0H02-4e6ls8DfPtogcMp5zhjDPFNABcyRGgA/s1600/tumblr_ls7iljLfDI1qjsw3do1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjFpf9YoogEhj1b-nR3G9fOsBWuiHUOufFejJuKjV4dUAo_xncg1r0GUAS3zuSNMduuuUCITyl9zBvlXrV11QTKYPLlw8qTt0gmEhlHuz0H02-4e6ls8DfPtogcMp5zhjDPFNABcyRGgA/s1600/tumblr_ls7iljLfDI1qjsw3do1_500_large.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;"><b>"I think I love you like a car crash, dear. I don't want your wreckage but I find I cannot steer my eyes away now […] And maybe I'll taste you in another time and place. You look so good, I bet you taste like something sweet. But hell is overflowing and there's no way of knowing: If I give up heaven for one moment, will I get it back?"</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">[Anna Nalick]</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Difícil é não saber o que fazer com essa fé nem tão inabalável que ainda tenho em mãos, em nós. De que serve te trazer comigo se não posso te levar a lugar nenhum? Ouço uns barulhos, sinto umas estrelas e até consigo ser toda feita de céu pra te prender. Só que não funciona, não funcionamos. E então passo a ser capaz de umas friezas inimagináveis, de umas omissões monumentais. Mas, ei, onde e como se escondem coisas-monumentos? Grandes demais, escapolem de mim.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tínhamos uma série de acordos subentendidos selados em silêncios dos mais tagarelas. Mas de repente rompemos, porque não pedi que ficasses, tampouco aceitei tua volta. Ignorei tuas vozes e pedidos, ainda que com o coração trincado para, enfim, me libertar desses pares de anos pesados, e nem tão passados assim. Nós nos juramos a eternidade sem perceber que o calendário é extenso demais pra essas unidades exclusivas. Só que a gente sempre se cuidou como quem espera o amanhã, e fiz teu o meu futuro, indubitavelmente. Então que a tua nudez de máscaras não me intimide. Que tuas verdades difíceis não me machuquem. Que teus direitos exigidos não me sufoquem. Que minhas desconfianças não te ofendam. Que meus silêncios não te doam. Que minhas excentricidades não te espantem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sabe, nem sei do que somos feitos. Quem sabe de pedaços pequenos de tudo que é eterno ou mesmo daquelas coisas que terminam sempre só pra recomeçar com mais força. Tu ainda nos guarda aí dentro? Nem precisa ser tão dentro, lá no fundo, aceito também morar na flor da tua pele ou em qualquer lugar. Porque hoje em dia não sinto mais essas paixões, só esse amor fácil dos que aprenderam a esperar. Aprendi. Mas já não espero com aquela devoção enorme de antes, o que é uma pena. Aprendi a te tirar do centro de mim pra viver de verdade, foi preciso.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Me pergunto como é que se adia o amor de uma vida inteira. Tento te explicar que o agora ainda não é nosso, mas teus ouvidos nunca foram bons em escutar minhas racionalidades, esperando e preferindo sempre as brechas do passional. Nunca coubemos no espaço da compreensão. Então deixe estar. Deixe, que logo estaremos. Sãos, sós. Mais sós que sãos, se sempre insanos. Insana eu, sei que tu vais argumentar sobre minhas noites avulsas, doses excessivas, mas é que são esses nossos intervalos. Preciso viver enquanto te espero. O problema é: e se a gente não se achar mais? E se nossos encontros nunca mais forem em par? Às vezes acho que a gente se perde de graça. Tu vais embora e eu não vou atrás. Eu esqueço, tu lembras; tu desistes, eu volto. Mas eu te disse o que alguém disse e concordo: “se eu for amor daqui e tu fores daí, talvez sejamos paz em todo lugar.' Me pacifica?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i><b>Quieta, mas inquietamente é como ainda te espero aqui.</b></i></div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-34926227176500797092011-09-21T23:10:00.004-02:002011-09-21T23:15:56.315-02:00Turn Me Round<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRUX4hQa1y3qbfZTXICV9Gu-kx1fiD2-9c27HnMizCFafhhJpJYFSxNS864moleUygcjgp4dLnb1naCVlGSTIMUYkn_nCn9aFW1kSAk4LyCKi-Zh62f7WkqFLVbuW6H4Ge3Ot1oM1ufj4/s1600/167756_198099440202687_198090213536943_811188_6203176_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRUX4hQa1y3qbfZTXICV9Gu-kx1fiD2-9c27HnMizCFafhhJpJYFSxNS864moleUygcjgp4dLnb1naCVlGSTIMUYkn_nCn9aFW1kSAk4LyCKi-Zh62f7WkqFLVbuW6H4Ge3Ot1oM1ufj4/s400/167756_198099440202687_198090213536943_811188_6203176_n_large.jpg" width="400" /></a></div><div style="margin-bottom: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"><b><br />
</b><br />
<div style="text-align: justify;"><b>“Would you reach out for tomorrow or try to turn back time? … Can you live in your skin? Walk in your own shoes? You can’t win if you don’t know how to lose. These open arms will wait for you. Crawl, fall, try, <span style="margin-bottom: 0px !important; margin-top: 0px !important; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"><span style="margin-bottom: 0px !important; margin-top: 0px !important; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">you gotta learn how to fly, these open arms can pull us through between what’s left and left to do</span></span>.”</b></div></div><div style="margin-bottom: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"><div style="margin-bottom: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"><div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">[Bon Jovi]</div><div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"><div style="text-align: justify;">Só quero o recomeço de tudo, ainda que isso finde minhas eternidades planejadas. Porque ninguém guarda os fatos, ninguém memoriza os dados, tudo passa como o que não chega no fundo almejado. Hoje já não existem cartas, apegos, hesitações. E essas coisas inexistentes todas são, sim, embalos de rede. Não existem, mas acalmam, porque qualquer não-peso, pra mim, é leveza. Mas me falta o mistério na vida, me sobra a independência fajuta como escudo. Nunca mais me perdi dentro do que acreditava ser por ter encontrado um pequeno pedaço de céu fora de mim. Nunca mais. Mas não é por isso que vou fantasiar, não quero vulgarizar o sentimento e chamar de amor o que nunca passou de afeto.</div></div><div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"><div style="text-align: justify;">Doído assumir que sou toda efemeridades, estrangeirismos, distâncias. São tendências fatalistas que me levam de encontro ao movimento divergente, me desencontro sempre em multidões. Mas tenho ampliado meus achismos, sufocado lembranças e assassinado convicções. Tudo isso pra facilitar, simplificar. Pra que essa fuga se renda e me enclausure numa cela de sonhos. Pois aprendi a andar com passos lentos, mas quero a pressa de uma maratona, uma urgência qualquer que me toque os sentidos e acelere esse batimento cardíaco inerte.</div></div><div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"><div style="text-align: justify;">Tenho andado fora de qualquer domínio, sendo avulsa quase que absolutamente. Mas pode ser que eu esteja disposta a assumir agora o risco, aceitações completas, renúncias acertadas. Ainda sem exigências e sufocamentos - choques térmicos emocionais matam também -, mas não mais mansidão, água morna, banho maria. É que durante esse tempo todo fui vivendo em metades: interrompendo parágrafos, abortando tentativas, e finalmente fui vencida pela ousadia. Deixo-me levar.</div></div><div style="margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"><div style="text-align: justify;">Deixei tudo desmontar, devagar, porque hoje tô com essa fome de expansão. Com essa ânsia por abismo, pé no precipício, qualquer coisa de vertigem que se assemelhe a sentir. Abri mão da lógica pra abarcar a imprecisão das alegrias perigosas. Não quero empalidecer como tudo que é esquecido, então levo flores no caixão do passado, que é pro fantasma não me assombrar. Só quero o futuro, o salto, a queda e tudo o mais que eu possa aprender a suportar. </div></div></div></div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-55654498216942276892011-08-18T18:37:00.009-02:002011-08-18T19:15:40.236-02:00Learnt My Lesson Well<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh85Er6_iKVtIkCHZNdHxhWQZwiboASmDxWgmRHKFH3Vv2JBtsCdEQsUxV2vLYEUE7Dfs6eF_7MSUQu0PwyV53N54CdWO7KpCg1rOCmDbSi88EEErDq06FaqQ0-IVX95GLrSBPclnkzMAU/s1600/tumblr_lnvezwZkOY1qcujdlo1_400_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh85Er6_iKVtIkCHZNdHxhWQZwiboASmDxWgmRHKFH3Vv2JBtsCdEQsUxV2vLYEUE7Dfs6eF_7MSUQu0PwyV53N54CdWO7KpCg1rOCmDbSi88EEErDq06FaqQ0-IVX95GLrSBPclnkzMAU/s320/tumblr_lnvezwZkOY1qcujdlo1_400_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b>"And the message coming from my eyes says leave it alone. Don't want to hear about it, every single one's got a story to tell. Everyone knows about it, from the Queen of England to the hounds of hell. And if I catch it coming back my way, I'm gonna serve it to you. And that ain't what you want to hear, but that's what I'll do."</b></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
[The White Stripes]</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Minha intenção nunca foi que você sentisse minha ausência, mas você sentiu, chorou. E quando era presença que eu dava, você sentia o quê? É tudo comodismo, força do hábito, menino. Eu tava ali sempre, elenco permanente. Mas, veja bem, não combina comigo isso de rio perene. Eu seco, sou seca, acabo, termino. Termino nos outros pra recomeçar sempre em mim. Você não soube? Os boatos são esses, não mentem. Não que tivesse que dar ouvidos a boatos, se minha boca tava sempre no seu ouvido sussurrando todas as verdades mais óbvias que você exigia com repetição. Era como se ao ganhar vida em som, tudo ficasse mais forte, as abstrações ganhassem forma e você me ganhasse por inteira. Logo eu, que nunca quis ser de ninguém. Foi só vaidade de quem tá acostumado com a vitória constante? Não li as regras, não soube de instruções e fiz mal uso de nós. Eu queria ser feliz. Você queria o quê? Talvez seja só uma incompatibilidade absoluta. Porque chegando agora pra me pedir uma nova página em branco, eu só consigo pensar em mostrar todas as linhas que escrevi e joguei fora. Por que? Porque nossa história não dá certo, não deu, não dará. E, olha, nem sou capaz de entender essas suas urgências de agora. São necessidades demais praquele indiferente de ontem. Se sabe que não funcionamos, pra quê a insistência? É erro repetido, é rabisco que vai pro lixo. É tempo perdido e pra mim agora a contagem é regressiva. É claro que a tempestade se converteu em brisa litorânea e aquele efeito não é hoje nada além de uma refrescância passageira. Não tem mais calor, não tem mais espera, não tem mais ritmo, não tem mais... Dá vontade de pegar a sua mão e mudar o rumo dos seus pés pra um caminho que não seja o meu. Quem diria que o meu sorriso seria tão nu e suas testas tão fincadas de preocupações? É por ser tão feliz sem que não quero tentar o “com”. É só uma impressão de fracasso que nos enlaça, que prende você a mim, que há muito ando solta. Sabe, de repente as rachaduras subiram as paredes, de repente um peso qualquer sentou no teto que, suponho eu, era de vidro, e os destroços nos soterraram. Apesar de umas conversas que pescam piabas magras de mares passados, sei que a água que corre agora é outra. O gato escaldado perdeu o medo da água fria e não quer desassossegos seus. Porque em rodeios você desdiz e fala tudo pela metade, só pra ter a confiança certeira de não cair em falso. Mas acho que você despencou, coração, e eu nem estive lá pra ver. Andava pelas esquinas perdidas ocupada demais sendo feliz. É só que quando eu joguei tudo pro alto você “re-veio” levantando os braços, tentando capturar uma sobra qualquer sem lembrar que nunca sobrevivemos de migalhas. Agora só sei que morreu em mim. E meu ceticismo não acredita em ressurreição.</span></div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-74154478775704515032011-07-01T23:27:00.007-02:002011-07-01T23:41:47.618-02:00Don't wait up<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdX80YPVEhs2m4bAuVKfz9S4JAp7jeJBfJliGVL7LFBmE8wfoPYeof0EEaO6LnYY_GwqNuNDNKIH3fGe-7MHrT-UUUF1PYD1hj6nBzQcXNDuY6qGEexH3vNFX483e0GyaJOS7_tKftn4/s1600/tumblr_ln5sn0q4aZ1qauc5eo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdX80YPVEhs2m4bAuVKfz9S4JAp7jeJBfJliGVL7LFBmE8wfoPYeof0EEaO6LnYY_GwqNuNDNKIH3fGe-7MHrT-UUUF1PYD1hj6nBzQcXNDuY6qGEexH3vNFX483e0GyaJOS7_tKftn4/s320/tumblr_ln5sn0q4aZ1qauc5eo1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>"Every once in a while you think about if you're gonna get yourself together, you should be happy just to be alive. </b><b>And just because you just don't feel like coming home, don't mean that you'll never arrive. Yeah, I'm gonna have to move on."</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br />
</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Jet]</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px;">Vai parecer uma espécie de pedido de sentimento pendente, uma loucura até razoável do tipo fica-não-vai-embora-preciso-de-você-amor. E não era bem isso que eu queria dizer, mas você sabe que eu sempre me engasgo numa vontade de contar verdades. Eu queria que soasse como um “Fica, vai… Já que não tem nada melhor pra fazer…”, mas aí meus dedos me traíram e escreveram um “Tentei sem. Não deu. Volta?”. Eu sei que você sabe que eu sei que você não merece essas coisas. Essas coisas, sabe? Essas vontades de nunca ir embora ou de sempre voltar. Essas infinitudes que me prenderam numa vez passada, ou voz, e hoje fazem reviver essas lembranças todas sobrenaturais.</span></div><div class="western" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.4cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.26cm; orphans: 2; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm; text-align: justify; widows: 2;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E, ei, por que me chama de amor? Tá, tá. Sei, sim, sou seu amor de todas as vidas… Mas e se nem chegarmos até o fim dessa? Acho que nossa pretensão é uma ameaça. Ah, amor, não é pra ir embora… Ficar? Não, ficar não. Quero um intermediário, você consegue? Vou deixar um bilhete embaixo do tapete da sua porta, que você vai encontrar quando procurar a chave. Vou escrever assim “Nothing is ever lost”. Sabe por quê? Porque todas as vezes em que nos perdemos acabou sendo só mais uma chance reencontro. Nem sempre de braços abertos e sorrisos no rosto, uns de cabeça baixa e pés cansados. Uns encontros não marcados, uns desencontros brutos, duros. Mas reencontros. Inevitáveis. Será que seguramos o inevitável em nós? Em nós, laços. Enlaçamos o “nós”?</span></div><div class="western" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.4cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.26cm; orphans: 2; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm; text-align: justify; widows: 2;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Você me diz as tipicidades com relógios de atraso e eu respondo com a indiferença de uma cansada que seguiu adiante. Teu calendário do ano passado não marcou os dias todos que se passaram enquanto eu não estive aí. Nem sei se você me lê. Não digo minhas palavras, mas eu-inteira, porque sou bem ilegível, desorganizações em linhas tortas. Sei também que suas tentativas recorrentes são só mais uma insistência num futuro que não tem futuro. Não tô discutindo, meu bem, sei que existimos ainda, sei que nossas peles regeneram e nossas vidas têm o dom da ressurreição. Mas amor que é amor quando é sobreposto por outro, não volta. E eu sobrepus o nosso quando quase amei no depois. Foi só um quase amor, eu sei, mas mesmo assim eu fui capaz de perceber todas as possibilidades… São muitas!</span></div><div class="western" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.4cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.26cm; orphans: 2; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm; text-align: justify; widows: 2;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Você vai me ligar, vai cantar as mesmas músicas ressaltando os mesmos tons, vai me escrever sublinhando os mesmos trechos. Tudo isso porque eu te conheço mais do que jamais quis. Disse que não voltaria, e não voltei. Mas não sei quando, ou se, fui embora. Talvez eu tenha feito casa em nosso amor e a independência me custe.. Vou me soltando sem me afastar, vou sendo feliz emancipadamente, mas sem exílio. Minha terra natal ainda é nosso começo, só que viagens me atraem mais por hora, turismo quase aleatório.</span></div><div class="western" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.4cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.26cm; orphans: 2; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm; text-align: justify; widows: 2;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São tantas outras peles, novos prazeres, terceiras vidas. Tenho, sim, quartas, quintas, sextas vidas. Tenho precisado de vidas em que você não seja par da mocinha que sou eu. Mocinha que vezenquando faz um papel às avessas de vilã, foge da polícia, dá golpes alternativos do baú, corrompe anjos em busca de duplas. São curiosidades, entende? Precisava -ou melhor, preciso - completar uma lista de vivências para, então, tentar começar a pensar em, quem sabe, dar uma chance pra isso de amor. Não necessariamente o nosso, e até preferivelmente não ele, mas qualquer coisa capaz de me fazer doer como ninguém tem conseguido. Não, não quero a dor, mas a felicidade tenho alcançado, mais que plenamente até. Só que ninguém tem sido capaz de me fazer triste como você fez. E isso também é amor. É chorar e logo depois ver a lágrima invadir a brecha de um sorriso, porque o amor morde e assopra. </span></div><div class="western" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; line-height: 0.4cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.26cm; orphans: 2; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm; text-align: justify; widows: 2;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-weight: normal;">Sempre achei bonita essa noção de um amor pra vida inteira, mas a verdade é que é um conceito mágico demais pra ser real. E isso de ficar junto mesmo com amor alternativo só pode ser algum tipo de fundamento raso de quem não abriu mão ainda de certas utopias. Meu realismo não abarca mais esse tipo de coisa, então me deixa. Sei que quando eu te afasto o inverno é dos mais rigorosos, mas sempre haverão retornos pra germinar sorrisos numa primavera das mais bonitas. Afinal, sempre vi flores em você.</span></span></div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-63506613145469349132011-05-21T16:58:00.010-02:002011-05-23T01:40:54.526-02:00Long gone and moved on<div style="line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJhB4cvoqOUXDW8Ge8a0Bra7b14R3MX_3b5Th5RzEltlpr56Zalem92guD6rbNzrLVTDLl5QmCWfp0hPr5aBgrXbMmXZ9y9SuhCE8bDSp4PARl8kwy7glTDW3NV8A6THXSEWKD1AJIw88/s1600/tumblr_lhgdguuGXz1qc2u00o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJhB4cvoqOUXDW8Ge8a0Bra7b14R3MX_3b5Th5RzEltlpr56Zalem92guD6rbNzrLVTDLl5QmCWfp0hPr5aBgrXbMmXZ9y9SuhCE8bDSp4PARl8kwy7glTDW3NV8A6THXSEWKD1AJIw88/s320/tumblr_lhgdguuGXz1qc2u00o1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>"<span class="Apple-style-span" style="line-height: normal;">It must have been love but it's over now. </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: normal;">It must have been good but we lost it somehow. </span></b><span class="Apple-style-span" style="line-height: normal;"><b>It must have been love but it's over now. It was all that I wanted, now I'm living without."</b></span></span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="line-height: 15px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small; line-height: normal;"><br />
</span></div><div style="line-height: 15px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small; line-height: normal;">[Roxette]</span></div></div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: justify;">Tu perguntas até quando perdura o meu silêncio e interroga sobre a duração do meu depois sem nem cogitar que minha ausência pode alcançar a eternidade que jamais conseguimos. Reclamas e insistes, e eu só queria te dizer que não tens esses direitos. Tens o direito de permanecer calado e és culpado até que se prove o contrário. Mas sabe o que aconteceu? Já foi provada tua culpa e mesmo assim optei pela absolvição. Pensei que podia, que conseguiria, mas não deu.<br />
<br />
O disco parou e nossa música é ruído enjoativo que não me agrada os ouvidos. É como se a ressaca tivesse chegado atrasada e os efeitos do porre não precisassem de álcool pra se manifestar. Te tomei faz tempo, engoli tuas janelas falsas que me sopravam ventos pra aliviar mordidas no coração. Não consigo de outro jeito, desaprendi a relevar. Sei que “perdoei” nos ontens, mas as memórias não morreram, não consegui esquecer, calculei mal. Errei nas contas quando pensei que sabia, não sei. Finjo, convenço, minto com uma naturalidade que não permite constestações, mas não perdoei. E não vou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Agora é tudo desordem e a dor cessou, cansei de nós. Meus “eus”, todos, negam teus “tus” cheios de retórica, vazios de ação. Fomos durante esses anos artistas numa constante corda bamba. Foi exigida de mim mais disciplina do que eu jamais pensei ter. Estudei, milimetricamente, os centímetros da espessura pra não despencarmos, e consegui. Mas, de repente, nossos desleixos coincidiram e BAM! Desequilíbrio. Desabamos e não tinha rede embaixo, tinha chão duro e realidade. Pra nós, supostos anjos um do outro, faltaram asas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Então não vem com essa de perdão. Que Deus perdoe se quiser, mas eu, não. Agora me importo pouco e já não há compreensão, há indiferença. Lutei comigo mesma pra transcender meus conceitos de amor e alcançar o teu, mas continuo incapaz. É só me deixar no meu lugar, e meu lugar não é aí, não contigo. É cedo pra dizer que não voltamos nunca mais, mas é tarde demais pra voltar. Dessa vez é um cansaço que não impele raiva, mas desistência. Não um mal súbito, mas toda vez que nos perdemos assim morremos um pouco mais.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Foste tu quem me afastou ou fui eu que te repeli? Eu teria ficado até o fim. Só sei que nos vejo hoje nas chamas de uma fogueira alta. Queimando, queimando, queimando. Logo seremos cinzas. Cinzas de um amor cremado que sempre renegou seu próprio enterro, mas não foi capaz de evitar a morte. </div></div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-25339704768729903052011-04-18T11:44:00.002-02:002011-04-18T12:01:39.765-02:00War of my life<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVcpM8MSW2Vk_xwcSb0hooH1l2cONGhUI6xcOYz4kwPY3sWnizLrsSA4qYi3xQFozGBrojbzm6d0IwOx-w-AWSxqyEdYXQdaMZC6F1uWa5yDHYp4wO7BVj_MxmDAbHLpHROvtrrZeCPqU/s1600/tumblr_ljqgk49lyI1qamsrqo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVcpM8MSW2Vk_xwcSb0hooH1l2cONGhUI6xcOYz4kwPY3sWnizLrsSA4qYi3xQFozGBrojbzm6d0IwOx-w-AWSxqyEdYXQdaMZC6F1uWa5yDHYp4wO7BVj_MxmDAbHLpHROvtrrZeCPqU/s320/tumblr_ljqgk49lyI1qamsrqo1_500_large.jpg" width="320" /></b></a></div><div style="color: #6e7173; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><b><br />
</b></div><div style="color: #6e7173; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><b><br />
</b></div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><b>"The smile that's on my mouth is hiding the words that don't come out. And all of my friends who think that I'm blessed, they don't know my head is a mess. No, they don't know who I really am and they don't know what I've been through like you do. And I was made for you..."</b></span></b></div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">[Brandi Carlile]</div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Eu precisava te puxar, entre tropeços nessa água torrencial, pra te dizer do nosso lugar comum. Pra assumir que nunca desisti e jamais duvidei da nossa completude. O que fomos, tudo que somos, me é indiscutível. Ajusto-me à tua frequência. Sumo quando é no meu ritmo que embalamos, mas tu sabes me fazer voltar à dança. Aprendeste a me domesticar e meu bicho solto, então, se perde nas tuas florestas de cativeiro.</div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Então tu falas, porque sabes que me tem refém dos teus tons. Falas e me ganhas, já sabendo que sou troféu movediço, de fuga fácil, mas volta inegável. Sou eu o álbum da tua vida, é minha a foto em sépia restaurada que figura na capa. Sou teu passado translúcido que volta sempre, majestade do teu reino em ruínas. Tronos virão em sucessões incansáveis, mas a coroa é minha. Te pego pelas mãos, nos realizo nessa chuva, enlaço nossas fragilidades, reconstruo nossas imaginações.</div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Somos palavras de um vento que não despedaça, somos promessas quebradas de uma inocência impensadamente ingênua. Somos a respiração cansada, os pés calejados, os olhos marejados… Somos partes desgastadas de uma unidade invencível. </div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Não, amor, não corre nesse chão deslizante que a rapidez é cilada. Vamos devagar, num compasso paralelo, alheios à essas rotações velozes demais. Não tenho pressa, não te apresso, só nos guardo o apreço. Caminho em passo lento pra ter tempo de relembrar que nem toda minha literatura foi capaz de nos evitar. Nem todas as bibliografias foram capazes de me preparar e fiquei assim, desarmada em campo de batalha, com uma rosa na mão em frente à esses disparos múltiplos.</div><div style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Com pés nus sob um chão áspero, com olhos abertos nessa neblina cega, com braços vazios e abraços ausentes. Me guardo ainda aqui, em paz pra nossa guerra.</div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-46720048083761316032011-03-28T21:33:00.006-02:002011-03-28T22:01:39.119-02:00Off by heart<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs-IiO0Ywk_SUiV0DPT1YGjx17lYCNV_3tEsfldc4s-oZsoZQ_CpF-KD2Ca9PeGeGW55rsmLVjHyj0PTGjiAf_xAIMrUoBovJY6UM1gXCSbLioz0I_y58P2NIBBvQU1dyKkKrmMooZydg/s1600/uuh.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs-IiO0Ywk_SUiV0DPT1YGjx17lYCNV_3tEsfldc4s-oZsoZQ_CpF-KD2Ca9PeGeGW55rsmLVjHyj0PTGjiAf_xAIMrUoBovJY6UM1gXCSbLioz0I_y58P2NIBBvQU1dyKkKrmMooZydg/s320/uuh.jpg" width="278" /></a></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><br />
</span></span></span></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><br />
</span></span></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div><div style="line-height: 16px; margin-bottom: 3px; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden;"><div style="text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"I know I can't take one more step towards you, cause all that's waiting is regret. Don't you know I'm not your ghost anymore? You lost the love I loved the most. I hear you're asking all around If I am anywhere to be found. But I have grown too strong to ever fall back in your arms."</span></b></div></div><div style="font-weight: normal; line-height: 16px; margin-bottom: 3px; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div></div><div style="font-weight: normal; line-height: 16px; margin-bottom: 3px; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Christina Perri] </span></div></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Você vem e me rasga com a tesoura de um adeus seco, simples. E eu aqui a me fingir completa nessa vastidão de orgulho. </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 15px;">Eu permaneci aqui, na linha de chegada, mal sabendo que você não voltaria. Porque não demos adeus, eu sei, mas a partida foi definitiva e a sua volta, proibida. </span>Andei uns passos trôpegos com um medo visível de despencar sem o pedaço que você acaba de me tirar, um desequilíbrio vergonhoso. Ainda que tricotada, integralmente luto contra o pedaço solto que insiste em querer você. Ouço sua felicidade e aterro minha desilusão, não era nada daquilo. Deduzi, preferindo a verdade laminada, não era nada daquilo... Você carrega sempre uma ternura forjada, uma carência fingida e eu aqui pensando que podia lhe completar com meu amor, lhe preencher com a minha solicitude. <span class="Apple-style-span" style="line-height: 15px;">Era na sua verdade sem vigor que descansava minha insegurança.</span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 15px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 15px;">Eu quase cedi e você nem viu. Não viu minhas tentativas tortas de tentar fazer-me entender ainda que afundada em meio à tanto silêncio. Você não viu que minhas palavras cambaleavam frente aos seus olhos.</span></span></div></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A minha vontade instantânea é de empacotar tanto sentimento embaralhado e jogar no mar que assiste a essa cena tão byroniana de amor fracassado e spleen. Pra que as ondas levem ou mesmo afoguem tanta vontade não correspondida, tanta prontidão em vão. Queria era dizer <i>“Me leva, vou com você.”. </i><span style="font-style: normal;">Onde? Não perguntei. Não importava. Simplesmente arrumaria as malas e me mandaria pra me quebrar por aí pelo mundo, nessa vida bandida com você onde quer que fosse. Mas não foi suficiente e você não quis me levar. E agora, penso eu, nem mais quero ir, porque aprendi a pensar com a razão. E sinto como se eu tivesse deixado passar, frente a meus olhos, tantas provas inegáveis de que eu não era pra você. E não o que você precisava ou queria (para o inferno com tuas necessidades!), mas irrefutavelmente o que não merecia e nunca mereceu. Esquece o mérito, minha querida. Esquece o mérito que não é proporcional ao amor, não é sobre conveniências. Esquece o mérito e olha pro mar. Deixa naufragar, deixa passar, deixa a onda limpar. </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 15px;">Sei que ainda me considera isca, não mais tão fácil, pro seu anzol, mas há muito mudei de águas. Mudei de águas e vejo tua sombra aflita pedindo por oxigênio. Mas não sou eu quem vai lhe dar. Não sou eu, deixo afogar</span><span class="Apple-style-span" style="color: #6e7173; font-size: x-small; line-height: 15px;">.</span></span></div></div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-86663315813495348702011-02-21T00:25:00.002-03:002011-03-05T17:52:57.638-03:00Don't carry it all<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzWFmcEEsPsD_Va-GnkXjh85UaXemvwjraFk4TUy_3_wBBeGrKQXYLMw5uZXKzDlFs-BSn20TqHAvnet8oLlbGhL7BOwMy2PvhqENAqZUyIl7hSyXXQ4pNR9neCjBLO2tP5x5EcGDbyIw/s1600/tumblr_letcafuOWk1qe40sbo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzWFmcEEsPsD_Va-GnkXjh85UaXemvwjraFk4TUy_3_wBBeGrKQXYLMw5uZXKzDlFs-BSn20TqHAvnet8oLlbGhL7BOwMy2PvhqENAqZUyIl7hSyXXQ4pNR9neCjBLO2tP5x5EcGDbyIw/s320/tumblr_letcafuOWk1qe40sbo1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div style="font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><b><br />
</b></div><div style="font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><b><br />
</b><br />
<b>"That part of me left yesterday, the heart of me is strong today."</b></div><div style="font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br />
</div><div style="font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">[Justin Timberlake feat T.I.]<br />
<br />
</div><div style="font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Me pergunto se tu não estás atado a um passado atrasado daqueles que enclausuram com dúvidas no estilo mais futuro do pretérito. Afinal, o que teria sido de nós se...? Parece irônico, mas enquanto na tua concepção a história tem lacunas e está ainda por se resolver; pra mim, os espaços foram preenchidos com o branco da tua ausência que agora não remete saudade alguma.</div><div style="font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Amor exige coragem e a verdade é que fomos ambos covardes. Só que a tua negativa fantasiada enfeitou minhas ilusões que perduraram por mais tempo que o preescrito, mas jazem agora falecidas. Antes do fim, me resguardei pra morte não ser tão dolorosa. Como uma doente terminal, previ os sintomas e encarei o tempo de vida estabelecido. Lutanto contra a obviedade, desisti dos coquetéis e receitas e, ainda assim, doeu menos que o previsto. O benefício do pré-aviso. O efeito da anestesia foi prolongado, minha sensibilidade minimizada.</div><div style="font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">No fim das contas quase cantarolei "Celebração do Inútil Desejo", mas o silêncio me ganhou e não te presenteei palavras. O egoísmo é raiz de crescimento fácil e o regaste em mim. Implante involuntário que floresceu, frutificou. Foi com atraso que percebeste uma série de coisas, bem sei, mas minha pontualidade diz que nosso tempo é esgotado. </div><div style="font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Nunca pedi que fosse recíproco, mas teria aceitado as verdades que nunca foram pronunciadas nesse jogo unilateral. Chego até mesmo a enxergar uma utilidade nesse desejo de ontem que não o infiltra o hoje, já que não fui feita refém de um percurso que, sim, foi lindo, apesar de majoritariamente caminhado por dois passos apenas, os meus. O que ficou pra trás são rastros que não me pertencem, de um eu que não sou mais.</div><div style="font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br />
</div><div style="font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><b>Ando sem retrovisor e hoje sei que te compreender me libertou.</b></div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com26tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-13175700642575137992011-02-08T21:40:00.004-03:002011-02-08T21:51:57.527-03:00The space between<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH9mOPlOfaYCwpNQgfn0e3Iiy39fY_EodcpzjbIDdwwYAi9_1mierXUmhfiGlz9eoqPC78t_TNo7RTkwjIhtgRg2s6u147X0znxPqa1d3BITWmC5zVRx45NwyPUGO080_RDHBEewEKy-k/s1600/180177_198100866869211_198090213536943_811196_2708218_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br />
<img border="0" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH9mOPlOfaYCwpNQgfn0e3Iiy39fY_EodcpzjbIDdwwYAi9_1mierXUmhfiGlz9eoqPC78t_TNo7RTkwjIhtgRg2s6u147X0znxPqa1d3BITWmC5zVRx45NwyPUGO080_RDHBEewEKy-k/s320/180177_198100866869211_198090213536943_811196_2708218_n_large.jpg" width="320" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br />
</b></span><br />
<div style="text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"You didn't know all the ways I loved you, no. So you took a chance and made other plans, but I bet you didn't think that they would come crashing down, no. [...] Now there's just no chance for you and me, there'll never be and don't it make you sad about it? Your bridges were burned and now it's your turn to cry. Cry me a river."</span></b></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Justin Timberlake]</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Não é que eu queira ir embora, mas já não consigo ficar.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">-<span class="Apple-style-span" style="color: red;"> Eu preciso que tu fiques. Eu...</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Não. Não precisa. Coisas simples teriam bastado pra que eu ficasse, mas nada foi feito e não bastou.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- <span class="Apple-style-span" style="color: red;">E se eu te disser tudo que tenho calado? Todas as palavras que esqueci de enviar? E se eu te disser que não posso presenciar o destino, ou o que quer que seja, falhar novamente?</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- E se tu disseres as palavras que eu sempre quis escutar, vou dizer que as falaste tardiamente. Teus intentos serão compostos de esforços inúteis, porque já não preciso ouvir. E inutilidade maior que a de um monólogo não há.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- <span class="Apple-style-span" style="color: red;">Lembra de quando eu te perguntei se teria que lutar sozinho para que tu ficasses? Luto de novo. Conserto, reparo, reinvento. Demorei, mas voltei. Me deixa tentar?</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Te deixo. Tô te deixando pela primeira vez, mas é a segunda que tu me perdes.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- <span class="Apple-style-span" style="color: red;">Tu disseste que seríamos pra sempre. Eu te marquei em mim. Tu estás pronta pra ir, eu sei, mas pra mim isso não é o fim</span>.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Eu te marquei em mim também. Mas não na pele, além e mais irreversivelmente. Não sei onde começou isso que me nego a chamar de adeus, mas se parece muito com um. Tampouco sei se vai continuar. Mas das raízes que fomos um dia já não florescem belezas, não há quem regue.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- <span class="Apple-style-span" style="color: red;">Nossa eternidade não pode se reduzir a um par de anos. Imaginei um "pra sempre" amplo, vasto... Eterno. Mas tu pareces preferir assistir a nossa morte à tentar ressurreição.</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- O que aconteceu foi que pulamos de um trampolim rumo à direções opostas e esse abismo é insustentável. Nos creía maiores, melhores, sagrados. E essa pequenez tem me nocauteado.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- <span class="Apple-style-span" style="color: red;">Sei que falhei, sei que faltei. Mas ainda te guardo em mim. Não quero me tornar uma lembrança póstuma, não tô pronto pra ser enterrado. É uma agressão contra o que somos e sempre fomos.</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Não quero ter que presenciar outra ausência ainda mais ausente. Cansei. E a dimensão do meu cansaço é maior do que o teu entendimento admite. Dói, confesso. Mas já doeu mais e cedo já não doerá.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- <span class="Apple-style-span" style="color: red;">Eu não vou te pedir nada, mas, se acaso tu perguntares: por ti não há o que eu não faça. Eu vou guardar inteira em mim essa casa que tu queres mandar pelos ares. Vou reconstruí-la em todos os detalhes intactos e implacáveis. Como um dia tu cantaste pra mim.</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Eu guardo em mim. Vou sempre guardar. Mas nossa exatidão não combina e nossos ponteiros se desencontram sempre, não tô mais disposta a esperar. E pode ser que realmente sejamos pra sempre, é só que hoje não tenho motivos pra acreditar.</span>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com31tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-55824394820040696722011-01-24T14:43:00.006-03:002011-01-29T17:46:26.538-03:00(We) I laugh indoors<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIbv7I3gDiy6ud46PzXElSmf7KSpf7VvprIjMte400h7kDm0iOtA1W82y0QU0q9N2YalWfekpNWLIXDnbawHpB6vOoRS4v6RJJQm-rVPq-m6AMWvyqHjYtkEUU2h_DUTP6FiXF2Yw26fg/s1600/tumblr_lf83ln7pdv1qef5huo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIbv7I3gDiy6ud46PzXElSmf7KSpf7VvprIjMte400h7kDm0iOtA1W82y0QU0q9N2YalWfekpNWLIXDnbawHpB6vOoRS4v6RJJQm-rVPq-m6AMWvyqHjYtkEUU2h_DUTP6FiXF2Yw26fg/s320/tumblr_lf83ln7pdv1qef5huo1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br />
</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br />
</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>"I've been walking in the same way as I did, missing out the cracks in the pavement and tutting my heel and strutting my feet.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>- Is there anything I can do for you dear? Is there anyone I can call?<br />
-No and thank you, please, Madam, I ain't lost, just wandering</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Are the wonders of my world."</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br />
</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Adele]</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu, outrora inabalável em minhas convicções, sinto a vulnerabilidade de estar sempre à mercê de condições impostas por terceiros, quartos, quintos. Cresci mais do que queria num decorrer de tempo menor do que devia. Como uma fruta que alcança o estágio maduro prematuramente e sofre a dor da queda antes do previsto. Mas, ora, ultrapassei a linha de presságios, especulações. Submeto-me feliz à continuidade justamente por saber que doer é, sim, bonito. Pois não há sorriso mais belo que aquele que um dia foi sobreposto pela umidez de um chuvisco lacrimal, vezenquando temporal. Não há sorriso mais forte que aquele já derrotado, mas agora vencedor absoluto, premiado. A liberdade de ser feliz sem resistência. De saber das tristezas, decepções, mentiras e, ainda assim, escolher por simplesmente sorrir. Se ser feliz em meio a brutais tragédias e apesar de tanto "apesar de" for crime, que me prendam então! Não sinto muito se essa felicidade simplória ofende. Meu álibi sou eu e não sei se outra testemunha seria capaz de declarar-me inocente. É que a minha percepção é alternativa, meu bom senso não se sente atraído por hipérboles ou memórias epicamente fantasiadas. Respeito minhas fraquezas e enalteço minha força, reconhecimento mínimo necessário. Pode ser que meu desapego fuja do script habitual, pode ser que meu silêncio seja um pote de insensatez nesse mundo de loucuras entoadas em alto falantes, pode ser que meu egoísmo seja pecado, mas já não me intimidam julgamentos. Sou salva vidas das minhas vidas e essa sentença é irrevogável. Já provei da desobediência de ultrapassar minhas fronteiras, da decepção de saber-me surda ante verdades indesejadas, cega frente a fatos incontestáveis. Já me soube tantas, hoje sei-me essa só, de agora. Mas continuo inúmeras. Uma cética-romântica-narcisista-desapegada-crítica-incomum-tiro-e-alvo que tropeça em pedras mínimas e escala montanhas intimidadoras desafiando as probabilidades. Não hesito, me desafio e descubro-me ainda incompleta de pedaços meus que estou ainda por achar. Não me apresso e nessa caçada sou minha presa. Espasmos de verdades me capturam, deixo-me apreender, aprender. Deram-me alta desse hospício universal e minhas ilegalidades são punidas em cárcere privado. Não, não sou lúcida, tampouco insana. Habito o abismo que separa rotulações e paira sobre o incorrompível entre contestações. Sou uma e só. Sou muitas, acompanhadas pelas muitas outras que moram em mim. Algo além da simples sintaxe, mergulho na semântica paralela e meu entendimento é único. Não peço cúmplices, mas tolerância. Respeito o mundo, os opostos, os negativos, os impunes, os ignorantes. Sou opositora-positiva-inocente-e-ainda-leiga. Peço reciprocidade: respeito, privacidade. Se minha paz não atormenta: passos pra trás, mãos ao alto, armas no chão. Bandeira branca, rendição.</span></div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com37tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-17300578599511428122011-01-13T20:11:00.003-03:002011-01-13T20:31:39.892-03:00Better than revenge<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYch68H6nt58TSPedgv6-CHg8VmAF41uLc_8Zd4HvhjmlEk3RDLPCD_D5sf6co8Dd3E3ss8SWTl48CstHLBEi73BxEecgwX39arGJ70YcxEkjsfKYKPXBXcxyreHHZ00fydE8AxyAm_GA/s1600/tumblr_l2vu2hrbTr1qad6iao1_400_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYch68H6nt58TSPedgv6-CHg8VmAF41uLc_8Zd4HvhjmlEk3RDLPCD_D5sf6co8Dd3E3ss8SWTl48CstHLBEi73BxEecgwX39arGJ70YcxEkjsfKYKPXBXcxyreHHZ00fydE8AxyAm_GA/s320/tumblr_l2vu2hrbTr1qad6iao1_400_large.jpg" width="320" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br />
</b></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>"Life's perfect, it ain't perfect if you don't know what the struggles for. Falling down ain't fallin down if you don't cry when you hit the floor. It's called the past cause i'm gettin past and I ain't nothing like I was before. You ought to see me now. Yes, I was burned, but I call it a lesson learned. Mistake overturned, so I call it a lesson learned. My soul has returned, so I call it a lesson learned. Another lesson learned."</b></span></div></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[John Mayer & Alicia Keys]</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A faca ressurge desrespeitando a quietude serena da cicatriz. A dor, já não mais sentida, ofende-se com a ousadia do ataque. Não bastou uma vez? O corte foi discreto em superfície, mas histérico em profundidade. Não houve anestesia ou analgésico, mas uma dor com olhos abertos e pele rasgada, sangue exposto e coração nas mãos. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A faca, impensadamente impulsiva, avança pelas beiradas na tentativa de um novo corte, mas beira cócegas. A pele, agora renovada e mais forte, não se deixa romper. A cicatriz, agora imponente, dita as regras do jogo. E ganha, pela primeira vez. A vitória da revanche, a satisfação da vingança. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não que a faca sinta a derrota, de fato, mas perder é sempre bom pra quem tem como costume machucar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Podia ser a pele flexível e deixar-se sangrar de novo, mas a objeção é involuntária e a faca, velha conhecida; o sacrifício não valeria a pena. A cicatriz hoje é história, só história. Pode ser que lateje dia ou outro, mas nunca mais será ferida aberta. Tornou-se lembrança e não presença. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já não é a pele que rasga, mas a faca que entorta. Porque pele pode sim ser mais resistente que metal quando cobre um coração endurecido pelo tempo. Porque a pele tem a cicatriz como troféu de superação, enquanto a faca sai, afiada, numa luta vã contra tecidos invencíveis. Porque a pele é regenerada em futuro enquanto a faca entorta-se com o peso forte do passado. Porque a pele tem, agora, a faca em mãos.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-31996323434127301352010-12-29T16:55:00.005-03:002010-12-29T17:05:03.642-03:00Home is where you are<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjmMIPaax-GuOUOJR67xiMuOa9NC7yMlmyFjJQg83UffR5qEI7KehCRXH7o8jF1TTpyuEvSuRyk8oH7gFPJx6VWC6TpYLRPkWUa6lYajCxRtm3aYwaMzzH2SUzIanjti6hFML5HjWz3-U/s1600/tatuagem+linda+t.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjmMIPaax-GuOUOJR67xiMuOa9NC7yMlmyFjJQg83UffR5qEI7KehCRXH7o8jF1TTpyuEvSuRyk8oH7gFPJx6VWC6TpYLRPkWUa6lYajCxRtm3aYwaMzzH2SUzIanjti6hFML5HjWz3-U/s320/tatuagem+linda+t.jpg" width="320" /></a></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #555555; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><b><br />
</b></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"For the strength, to be strong, for the will to carry on. For everything you do, I turn to you. For the arms to be my shelter through all the rain. For truth that will never change, for someone to lean on. But for a heart I can rely on through anything. For the one who I can run to, I turn to you"</span></b></div></div></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Christina Aguilera]</span></div></div></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sobre vocês, é só de amor que sei falar. Mas não falo, sinto. E em silêncio percebo a força desse amor largo, extenso. Talvez eu não entenda os mistérios da vida, meu meu ceticismo acredita com convicção que, sim, foi predestinação. Um colosso, um palácio de ornamentação inebriante, mas também uma casinha simples no campo, palafita suspensa em instabilidade. Somos o refúgio máximo, um infinito maior. A única eternidade imprescritível. E simples. Somos raiz e árvore, o ponto de partida e também o de chegada. Somos 5, completos, duradouros, necessários, imortais. Incontestável matriz, centro do meu universo. A composição da minha história, o fermento da minha alegria, o prestígio de simplesmente pertencer. </span></div></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Meu motivo, minha exceção, meu apego, minha redenção. Porque a vida corre, desvairada, mas vocês me alimentam o coração. São pétalas em meio a uma realidade que fere com espinhos. Amor que cura, amor que dura. E as flores que o vento entortou ao passar pelo nosso lar foram devidamente desviadas com golpes de pincel, zelo inestimável.</span></div></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porto, conforto, segurança, certeza. Tudo que em mim existe, disponho. Por vocês não há o que eu não faça. Toda minha gratidão pelo tempo oferecido, pelo sorriso dividido, pela paciência adquirida, pela tolerância renascida. Pelo carinho imensurável, pela disponibilidade incontestável, pelo amor incomparável. Inexplicavelmente grata por serem vocês o que somos nós, e somos bem mais que uma família. Sem vocês, não sou.</span></div></div></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Minha vida para vocês, por vocês. Nossas vidas para mim. <b>Honra em amá-los. Sorte de tê-los.</b> Amor e além.</span></div></div></div>Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com44tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-63942657270257608502010-12-15T00:13:00.001-03:002010-12-16T19:16:16.853-03:00Simple as it should be<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgntRgl1dBX9p1muXLco0kLIK-IYXlbXyoCqQ2ve7tX3Bx2KfOP_4hOYIVMSE3Y3T-D4E0-ofZVGe94qlGYTFFsOhk-10MIZ04A4qQ1aT9AVAZeTBlMpd6JH0QdqbdvGOppiTX9Dk8l6es/s1600/tumblr_lctu73oZBK1qb6vuuo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgntRgl1dBX9p1muXLco0kLIK-IYXlbXyoCqQ2ve7tX3Bx2KfOP_4hOYIVMSE3Y3T-D4E0-ofZVGe94qlGYTFFsOhk-10MIZ04A4qQ1aT9AVAZeTBlMpd6JH0QdqbdvGOppiTX9Dk8l6es/s320/tumblr_lctu73oZBK1qb6vuuo1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><br />
<b>"Free to roam, made a home out of everywhere I've been, then you come crashing in like the realest thing. Trying my best to understand all that your love can bring..."</b><br />
<br />
[John Mayer] <br />
<br />
Por que te fazes impermeável? Abre os braços e me deixa entrar. Por que me dizes frases curtas? Sei que escreves por hábito e não quero ter a exceção da economia. Tô brincando com fogo, tô jogando gasolina, cadê a fumaça? Não tenho medo de queimaduras e isso não me faz piromaníaca. Só cansei da monotonia dessa brisa litoral, quero um furacão. Quero uma erupção inesperada que me desarme o calculismo. Quero tua inocência doce pra balancear umas memórias amargas. Quero tua crença pra amenizar meu ceticismo. Não gosto de invasões, tenho a calma de quem aprendeu com o tempo. Aquela sensação de uma possibilidade brilhante me dominando nem tão rápido, calmamente, confortável. Quero ser flor e pétala, não espinho. Mas sei que vou machucar. Quero ser descoberta e não reciclagem; realidade e não miragem.<br />
Tu não te atreves por saber que é movediça a areia que te espera, mas nunca serei concreto, nunca serei uma só. Tens o tempo necessário pra desvender meu desconhecido e reconhecer o território. Espero tua coragem chegar enquanto me reconstruo. Preciso estar nova e varrer os ontens. Porque andávamos em ruas paralelas e agora alcançamos um cruzamento. Os caminhos não são sinalizados e placas não avisam nem preveem perigo, mas eu te guio. Pode ser que nos percamos, mas não sou motorista de primeira viagem e conheço a estrada. A estrada me mudou, outrora, e pode agora estar por outros mudada. Mas te dou as instruções e tu diriges com cautela, confio na combinação e viajar nunca foi sobre medos, mas desejos. Nossas malas ainda entreabertas, mais tarde estufadas de lembranças fabricadas. Uma viagem sem volta com um horizonte cinematográfico como ilustração. Solta o freio e segura minha mão. És estrangeiro, mas te dei o visto. Meu mundo permitindo tua visitação.Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com47tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-41801007904830497592010-11-26T22:01:00.001-03:002010-11-26T22:09:26.232-03:00Anything but ordinary<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiENPcT02obRTxtSLkPW_SJFBHXvC8__YChvSZRcXCvVmX0grDM6xb1mFWd7QL6N_Er_pr_tc39sNO32fnRWHtD0W2tKlpvNk1cSx3G9WONKpauGg5PC50tOSDVUcx1UZsSjBhtdlN84A/s1600/be%252Cyourself%252Cquotes%252Cfoot%252Cbw%252Cphotography%252Ctext-916604c7826308266e3ad89778b2dddb_h_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="236" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiENPcT02obRTxtSLkPW_SJFBHXvC8__YChvSZRcXCvVmX0grDM6xb1mFWd7QL6N_Er_pr_tc39sNO32fnRWHtD0W2tKlpvNk1cSx3G9WONKpauGg5PC50tOSDVUcx1UZsSjBhtdlN84A/s320/be%252Cyourself%252Cquotes%252Cfoot%252Cbw%252Cphotography%252Ctext-916604c7826308266e3ad89778b2dddb_h_large.jpg" width="320" /></a></div><b>"I’m a little bit of everything all roled into one. I’m a bitch, I’m a lover. I’m a child, I’m a mother. I’m a sinner, I’m a saint, I do not feel ashamed. I’m your hell, I’m your dream. I’m nothing in between, you know, you wouldn’t want it any other way, so take me as i am."</b><br />
<br />
[Alanis Morissette]<br />
<br />
Quando escrevo, não me denuncio. Não falo sobre o que é lantente, sobre o que dói. O presente é tímido. O ator desse palco de palavras é o passado que me moldou. Não disserto sobre amores, psicografo. Não falo sobre algo vivo, mas relembro algo já sepultado. O que morreu em mim foi soterrado e na lápide, visível, restam memórias. Memórias que lembram a origem de cada sorriso já esquecido, de cada ferida que há muito virou cicatriz. Mas minha memórias não ressuscitam, jazem em paz, longe. Tenho a sabedoria de não diminuir o passado e, simultaneamente, exaltar o agora. Foi o ontem que me construiu, mas é de hojes que sou feita. <br />
Escrevo porque vivo e o que sinto não cabe em mim, salto e me faço em símbolos. Mas minhas palavras não são confissão, não ousaria me revelar. Escrevo porque a relidade não me basta e então me reinvento. Devaneios meus, vidas nossas. Escrevo porque as linhas me pedem preenchimento e minha vida, um registrou concreto. Existem memórias que não foram, mas se eternizam documentadas simulando uma falsa vida, o benefício da fantasia.<br />
Meu coração é festa e minha jukebox tem playlist infinita, mas há noites em que me divirto só. Não convido ninguém e festejo minha individualidade endeusando minha companhia. Não amo a quase ninguém mais que a mim. Eu disse quase. Sou mimetista, camaleoa, lunática. Sim, são assim também minhas palavras. Se colorem, se camuflam, se transformam. Sou inconstância e precisão. Sou amnésia e recordação. Então escrevo sobre o mundo e não me alcanço. Minhas mãos estão vazias, mas meus braços abarcam até o metafísico, me perco.<br />
Sou violência e coisas mansas, ataco e planejo defesa. Auto conhecimento é fábula enganosa. Acordo e me belisco pra saber-me viva e jamais por mim completamente conhecida. Sou incógnita de cálculos impossível. Sou definição incompleta no dicionário. Sou página ilegível de um livro encharcado. Não escrevo pra desvender, escrevo pra questionar. Sou premissa sem conclusão. Não sou ponto, sou interrogação.Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com44tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-41321091165612268912010-11-14T16:09:00.007-03:002010-11-16T13:10:11.397-03:00New Perspective<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmj2isV4xX3qQ31DJae9hTxR1ChekBBbl0c1mEnizgg8ZPoKcIj62rZDGiQa-QNlTOY4EI5MYhvo8S8pFvn1S77m5JWqZlp4os9KbGCdi6oMX7WS92-1vTDPybfRBLtXBErnD93qz5ai8/s1600/hihi.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 268px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmj2isV4xX3qQ31DJae9hTxR1ChekBBbl0c1mEnizgg8ZPoKcIj62rZDGiQa-QNlTOY4EI5MYhvo8S8pFvn1S77m5JWqZlp4os9KbGCdi6oMX7WS92-1vTDPybfRBLtXBErnD93qz5ai8/s400/hihi.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539503055559037810" /></a><br /><br /><strong>"5,4,3,2,1 I won't stop until it's done.No curtain call, I will not fall. I have no time for fear or people in my ear. Head down and running so fast, try not to dwell on the past."</strong><br /><br />[Maroon 5]<br /><br />Não, já não cabes nesse espaço e acho que sabes o motivo. Foste vencido pelas verdades e agora estás aí arrebatado pelo peso da angústia que é um arrependimento. Te dei intervalos, possibilidades, mas meus protestos tímidos não fizeram efeito. Tua causa egoísta simulou cegueira e surdez, então, me retirei. Sim, rasguei as cartas. É, anulei nossos tempos bons. <br />O que plantei ontem foi qualquer coisa fria e o que floresce hoje é apatia. Os frutos do meu descaso são os amores para os quais não dou atenção. Os corações ávidos aos quais nem mesmo concedo a chance de tentar me fazer feliz por supostamente prever os prováveis fracassos. A minha felicidade reside agora em mim e em alguns outros poucos afluentes, pouquíssimos. Sou agora marinheira. Meu porto sou eu. Tu tentas penetrar minha tripulação e nego teu pedido, isso não te pertence mais. É, podes chamar de vingança, eu chamo de justiça natural. Se tu foste pra mim uma mão rude, sou agora um punho de pedra. E não, não é batalha de forças, são estratégias de auto-defesa. Cada um em sua guerra particular. Mas não me interpreta literalmente, por favor. É pela paz que sou, que caminho, que persisto. Hoje suspendi as atividades do domingo pra vir te dizer que desculpo tua insensatez e teu egocentrismo. Meu protesto tímido continua, admito, mas é que a incompreensão ainda me nocauteia. Mas os atos são e foram teus, a loucura é tua, a irresponsabilidade inadmissível também. Então me retirei de ti e se a minha ausência é sinônimo de sofrimento, só lamento. Mas te desculpo porque tive a sorte de ser quem sou por tudo isso, por saber o que não quero ou devo ser. O que faço, agora faço por mim. E sou feliz. Se te desculpo, é por mim. Por ti? Não. Aprendi. Tarde, com choques, com traumas. Aprendi. Voltar seria regresso e já não admito. Por isso sussurro esse não claro e escrevo essa negativa legível. Não ando de ré e meu pé comprime o acelerador. As milhas são muitas e meu carro agora tem assento único. Mudo a marcha e o retrovisor tá embaçado, não quero trilha percorrida nem observar o passado. Sou avião, sou trem, sou navio, sou velocípede. Sou movimento, ainda que sem direção.Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com38tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-88832239427926071902010-11-07T13:20:00.003-03:002010-11-07T13:48:36.771-03:00Quem vos fala...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHW7A8uJEOoo7CXH8hQQwEuXLX_Yf_eCAIuOwsVsfAaSre8wUZIES0c7sN5s6HTPnie9L11x3ZYQfoTim81C4LXKBv0l8OGOtYACLEUr68_si8EcGGyxj7U9wEKJgAJjbSUPPqeucM2tI/s1600/OgAAANLzgj3KVM99_G6lddsWO4Qe7NIAxLdnjs3tekEWRqPuxijosvu-iqDcFwSDQNwkQV8kDal4OtGMA-BWWrBESTkAm1T1UMRxrP5dztdQWOGZ9zisIT9hO4m1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 349px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHW7A8uJEOoo7CXH8hQQwEuXLX_Yf_eCAIuOwsVsfAaSre8wUZIES0c7sN5s6HTPnie9L11x3ZYQfoTim81C4LXKBv0l8OGOtYACLEUr68_si8EcGGyxj7U9wEKJgAJjbSUPPqeucM2tI/s400/OgAAANLzgj3KVM99_G6lddsWO4Qe7NIAxLdnjs3tekEWRqPuxijosvu-iqDcFwSDQNwkQV8kDal4OtGMA-BWWrBESTkAm1T1UMRxrP5dztdQWOGZ9zisIT9hO4m1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5536848545817202082" /></a><br /><br /><strong>Amanda: um embarque virtual nos sentimentos</strong><br /><br />Em 2009, o número de pessoas que utilizava a internet no mundo chegou a quase 2 bilhões. Desses, pelo menos 126 milhões criaram blogs. No Brasil não há um controle oficial de quantidade, mas estima-se que o número de blogs no país chegue a 150 mil.<br />Amanda Arrais Mousinho é dona de um deles, do endereço www.404aa.blogspot.com. Nele, escreve coisas pessoais, mas de uma maneira tão poética que é quase impossível não se apaixonar pela sua sensibilidade. Em menos de 7 meses de existência, o blog já acumula quase 4000 visualizações e 109 seguidores. A maioria dos textos chega a ter 30 comentários. Mas os números não são o forte de Amanda. Ela é boa mesmo com as palavras.<br />Amanda concedeu esta entrevista de forma muito descontraída. No intervalo entre uma aula e outra, na UFMA, sentada em uma das cadeiras da sala, a estudante de jornalismo, sempre com um sorriso tímido no rosto, se mostrou confiante para responder qualquer coisa. Algumas vezes olhava para o teto, provavelmente para se conectar aos seus próprios pensamentos. As pernas em constante movimento chamaram a atenção. Com uma calça jeans, camiseta amarela, tênis e o cabelo preso, esperou ansiosamente a primeira pergunta.<br /><br /><br />“Como você define, em apenas uma palavra, esse momento da sua vida?”, perguntei. Amanda teve que pensar um instante. Uma palavra é muito pouco para ela. “Paz”, respondeu, depois de refletir. Ela confessou que já passou por turbulências na vida nos últimos anos e que agora se sente em estado de tranquilidade.<br />A blogueira sempre gostou de escrever e desde a 5ª série do ensino fundamental cria pequenas poesias. A partir dos 14 anos, começou a escrever textos mais “sentimentais” que fizeram sucesso entre os amigos próximos. Eles passaram a pedir a Amanda que escrevesse sobre determinados assuntos. Esse ano, ela finalmente reconheceu sua habilidade e aceitou a sugestão dos amigos para criar um blog que reunisse todos seus textos. Com o tempo, conseguiu atrair cada vez mais pessoas, que, ao chegarem a sua página, simplesmente se encantavam com a delicadeza da escritora. Dentre seus leitores assíduos, estão sua mãe e sua avó, que fazem questão, inclusive, de comentar os textos.<br />Quanto ao nome do blog, ela explica: “O 404 se refere ao ‘erro’ que as páginas da internet às vezes dão. ‘404, not found, error.’ Eu acho que falar (ou não) pode ser um erro. Nunca se sabe a medida exata, então as palavras, muitas das vezes, acabam sofrendo do excesso ou da falta. Mas, como diria Clarice Lispector, porque há o direito ao grito, então eu grito”.<br />Amanda faz muitos textos que falam sobre o amor. Ao ser questionada sobre sua vida amorosa, dá um riso e responde: “Sim, já tive decepções amorosas e gosto de observar o ciclo das relações e os sentimentos que os envolvem”. Para ela, o amor é uma carência universal.<br />Sobre escrever no blog, Amanda diz que se inspira com diversas situações. Momentos, sentimentos dela ou de outras pessoas, conversas. Tudo é motivo de inspiração. Ela garante que é melhor com a escrita do que com a fala. Considera muito difícil expressar-se oralmente e confessa já ter inclusive terminado um namoro por carta. Tem mania de colecionar cadernos e agendas e conta que possui vários deles, alguns confeccionados por ela mesma para anotar frases que chamam atenção.<br />Quando o assunto é leitura, Amanda também se mostra interessada. Tem o costume de ler Caio Fernando Abreu e Fernando Pessoa. Atribui o gosto pela leitura à mãe, que, como professora, sempre levou livros para casa. Ela lembra que leu o primeiro livro de Harry Potter quando tinha apenas 7 anos.<br /><strong><br />O mundo de Amanda</strong><br /><br />A aspirante a escritora tem uma relação muito próxima com sua irmã, Juliana. Ela diz que seus gostos são muito parecidos, mas que só a partir dos 12 anos começaram a se aproximar. Juliana hoje tem uma tatuagem que expressa essa relação. “Até o fim”, é a frase tatuada. Tem também uma paixão excepcional por São Paulo. Lembra que foi pela primeira vez lá aos 8 anos e se encantou com a grandeza da cidade. Se interessa pela riqueza cultural e o espírito de liberdade da grande metrópole, tão diferente de São Luís, cidade onde nasceu e cresceu. Ela diz que pretende morar em São Paulo com a irmã depois que se formar em Jornalismo. Outro lugar que a encanta é a Itália. Recentemente começou um curso de italiano e pretende visitar o país assim que puder.<br /> É disso que Amanda precisa: um mundo quase infinito, onde caibam todos seus sentimentos e onde a liberdade, mais espiritual do que física, não tenha limites. Seu signo,aquário, assim como seu ascendente faz com que ela se considere “duplamente aquariana”. Esse signo é caracterizado por um desejo de libertação do pensamento e a recusa em se submeter aos poderes e verdades alheias. O aquariano também é muito vivo intelectualmente e valoriza as amizades.<br />A amiga Luciana declara: “Eu me identifiquei muito com a inteligência de Amanda e com a história da vida dela, marcada por decepções, aprendizagens e superações”. Luciana define a amiga como “incomum” e diz que o desapego é uma de suas grandes características. Por fim, afirma: “O "eu te amo" da Amanda é diferente. Ela não diz sempre e nem precisa dizer, você deve saber e ela vai achar um absurdo você duvidar disso. Ela sorri de tudo e eu adoro, porque não é um sorriso falso. Amanda é alegre mesmo e você sente isso quando a conhece”.<br /> Sobre seus próprios defeitos, Amanda dá uma risada e começa: “Tenho tantos defeitos. Acho que sou egoísta e não sei demonstrar bem o que sinto, por isso pareço ser indiferente”. Quando questionada sobre sua futura carreira jornalística, ela diz que pretende fazer grandes reportagens e até escrever um livro. “Mas só um”, afirma. Se for trabalhar na televisão, garante que será apenas atrás das câmeras. <br />“O que você considera a coisa mais importante no mundo?”, pergunto, para finalizar. Rapidamente, Amanda responde: “Tolerância. A tolerância gera paciência, amor e respeito. Já fui muito impaciente, mas agora percebo que o tempo melhora as coisas”.<br />Amanda é assim: por fora, uma menina comum, alegre e quase misteriosa. Por dentro, viva e intensa. Olhando para ela, não dá para saber o que se passa. Seus sentimentos são enormes, mas só explodem no papel. <br /><em>“Numa transgressão, desaprendi a falar. Numa progressão, comecei a escrever. Numa evolução, escolhi por calar”</em> Amanda Arrais.<br /><br />Por Maria Fernanda (@mari_nanda)Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com21tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-86358467362569285142010-10-28T22:27:00.003-02:002010-10-28T23:18:42.378-02:00The pieces don't fit anymore<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLJ6R22fAVP5L_otaixamqc7c8LnA76iYqAl7p4jQRm5Qyf7aD7261CVhZeqlmrtsxviTFRrfYfjoxFsXgOnRSu66PKGvcIdNuDRwyle_Woc4VLOk_on9mSrkQd-Kk8jaurfJy9dROPYs/s1600/tumblr_lb0zkkEPvC1qd5i7to1_500_large.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 276px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLJ6R22fAVP5L_otaixamqc7c8LnA76iYqAl7p4jQRm5Qyf7aD7261CVhZeqlmrtsxviTFRrfYfjoxFsXgOnRSu66PKGvcIdNuDRwyle_Woc4VLOk_on9mSrkQd-Kk8jaurfJy9dROPYs/s400/tumblr_lb0zkkEPvC1qd5i7to1_500_large.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5533269910314318178" /></a><br /><br /><span style="font-weight:bold;">"I've been twisting and turning in a space that's too small. I've been drawing the line and watching it fall. You've been closing me in, closing the space in my heart, watching us fading and watching it all fall apart. Well, I can't explain why it's not enough cause I gave it all to you. It's time to surrender, it's been to long pretending. There's no use in trying when the pieces don't fit here anymore"</span><br /><br />[James Morrison]<br /><br />Você me segurou os ombros e pediu que eu esperasse. Eu lhe olhei nos olhos e aceitei a condição. Você me deu as costas e andou calmamente como quem caminha sem rumo. Eu lhe dei o coração e contei seus passos calculando a frequência e sua velocidade em distância por tempo. Você sumiu de vista, adentrou em outro plano. Eu lhe desenhei em mente, admirei abstratamente. Você contemplou novas paisagens, nadou em novas águas. Eu bebi uma saudade travosa, testemunhei lembranças fugirem do meu domínio. Você festejou, dançou e dormiu com o sol, abusou. Eu ouvi a música do silêncio enquanto cantava sua voz em meus ouvidos, abusei da solidão. Você cansou as pernas. Eu deixei de sentir as minhas, dormência. Você, depois de tanto vida de aventura, foi arrebatado pela nostalgia. Eu,vencida pelo cansaço, pedi bandeira branca, anunciei desistência. Você decidiu voltar. Eu escolhi partir. Você chegou e eu não estava mais lá. Eu ainda estou em você. Você não está mais em mimAmanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com31tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-22136097588842716502010-10-20T13:39:00.004-02:002010-10-20T14:51:51.605-02:00How deep is your love?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS6AoS12vm_FJ8PnBciTrYgZ4cVgWp2Fb_ctpiY2o0LYIm4zFjyHg1UU3gBsR33QfV8CTXNdobcUWVWzejz5J51Pl6Ms0RNvBPBOXeKZdpF8-UChUKAYRU1uaAJg0KF6LemrxHM7I7izs/s1600/tumblr_l857l2ROw71qc5fyno1_500_large.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 216px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS6AoS12vm_FJ8PnBciTrYgZ4cVgWp2Fb_ctpiY2o0LYIm4zFjyHg1UU3gBsR33QfV8CTXNdobcUWVWzejz5J51Pl6Ms0RNvBPBOXeKZdpF8-UChUKAYRU1uaAJg0KF6LemrxHM7I7izs/s400/tumblr_l857l2ROw71qc5fyno1_500_large.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5530166682950405442" /></a><br /><br /><span style="font-weight:bold;">"Do amor amuleto que eu fiz, deixei por aí. Descuidei dele, quase larguei, quis deixar cair. Mas não deixei, peguei no ar e hoje eu sei, sem você sou pá furada. Ai, não me deixe aqui, o sereno dói. Eu sei, me perdi. Mas ei, só me acho em ti."</span><br /><br />[Los Hermanos]<br /><br />Quero te falar coisas. Umas mais simples, outras nem tanto. Mas, olha, já me embaralhei tanto em linhas soltas tentando, fracassadamente, declarar esse amor incompreensível. Só que hoje é diferente, tô mais fácil e o que quero mesmo é dizer que me fazes feliz. Tu chegas e me tomas e eu mato tua sede sem saber. Tu te espantas e me ganhas e preenche cada vão que eu nem sabia existir. Não sei desde quando, mas sei que desde cedo. Ainda me sinto completa. <br />És agora minha manhã preguiçosa, minha cura insubstituível, parte do que há em mim de indivisível. É insensato buscar razão na mágica e imprudente procurar fórmulas, não quero cópias. Quero a legitimidade da unicidade que temos. A minha essência prolongo em ti já que não trago medos de que me invadas. Deixo que visite cada uma de minhas ruas e encante-se com cada beco dos mais sombrios, sei que não tens medo do meu escuro. Então fica assim: eu digo, repito e insisto para que tu não esqueças nem duvides. Eu falo e brinco, me rebelo e te desespero, mas não vou te deixar, não vou me deixar. Porque tenho em mim o amor que te pertence e que mereces. Tenho aqui o zelo ideal que merece o problema andante que és e também a força pra continuar. Força essa que alimento de tempos em tempos com os tempos bons que me prendem, não é sempre fácil não renunciar.<br />A nossa liberdade aí, se exibindo num samba irresistível, mas a nossa valsa é que ganha a festa. Decoramos nosso compasso próprio e a música é som incansável aos ouvidos. Tenho sonhado acordada mais que em qualquer noite sem fim, tenho acreditado num celestial que me provaste real. Alternativamente acessíveis em toda e qualquer parte: tenho que assumir a insanidade que é te sentir sempre ao meu lado, impossivelmente real. <br />Nascemos com vida eterna e com a intuição de algumas outras já passadas. A verdade é que os tempos dividiram-se em dois: antes e depois. Foste um mal convertido em bem, ambos necessários. E sei que serão muitos os cortes, muitas as mortes, mas nossa vida é bem maior e inestimável, renasceremos em infinitude. O céu é um só; o planeta, "redondo" e o mundo, cheio de esquinas. Um dia te encontro sim. Tenho paz, amor e paciência. Ainda te espero aqui, do jeito que tem que ser.Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com35tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-20010365276983684292010-09-21T03:28:00.003-02:002010-09-21T04:04:23.425-02:00Pedido ao tempo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicg2dQz0qx_vGOK9UWb2q3sR6o0Y9JWuGmr4fHlxc_0XnICoVYqaLRrApUKHRF_gAd72Jhl1sMxorIsg86OymMDrLlVsw9oZeyi5Fa9FZYBLYwcQe3-8OIxVkXdRpfv5LG4ZiOmJBOCvQ/s1600/%C3%A9.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 325px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicg2dQz0qx_vGOK9UWb2q3sR6o0Y9JWuGmr4fHlxc_0XnICoVYqaLRrApUKHRF_gAd72Jhl1sMxorIsg86OymMDrLlVsw9oZeyi5Fa9FZYBLYwcQe3-8OIxVkXdRpfv5LG4ZiOmJBOCvQ/s400/%C3%A9.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5519242651264714082" /></a><br /><span style="font-weight:bold;">"Terra que não pára de rodar, é tanta história esparramada pelo chão e em tanta vida amor valente é coisa rara. Ó, terra, não dispara, deixa em paz meu coração. O tempo passa e leva quase tudo, é o que separa o começo do fim. E vai deixando um cheiro de saudade que essa tal felicidade não tem dó de mim."</span><br /><br />[Anna Luísa]<br /><br /><br />A noite de ontem ressurge em flashes e o único fato que me vem claro é que eu tento tanto em outros copos, em outros corpos, te deixar. Teu efeito é prolongado e aparentemente infindável. Ainda me embriaga e preciso abandonar o vício. Tuas doses tem se tornando uma violência contra minhas lembranças e essa dor não agrada nem mesmo meu masoquismo. Quero deixar-te ir, mas tu não queres ser deixado de mim, por mim, em mim. <br />O que eu precisaria dizer é que tu tens que ir embora agora porque já não suporto essa angústia do que não passou e persiste, latente em minhas palavras e no meu silêncio. O que eu precisaria dizer é que tu és, teoricamente, meu passado, mas figura inconvenientemente insistente no presente e isso dói. Eu vou soprando o machucado porque o vento contorna e dá a volta antes de aliviar e nessas voltas eu finjo que não sinto nada só porque gosto de ouvir minhas mentiras. O que eu precisaria falar é que ainda me assusta ter te guardado tão dentro e no fundo. <br />Se eu rezasse, rezaria. Se eu fosse de chorar, choraria. Se eu não fosse orgulhosa, admitiria. Se... Mas o se é condicional demais pra mim que preciso da urgência, é um caso de emergência. Mas e se eu não te amasse? E se? É tão vasto e ilimitado que ultrapassa e vai além, me consumindo. <br />Isso é tudo que eu precisaria dizer, mas também tudo que eu não suportaria escutar. Saindo da minha boca rumo a lugar nenhum fica tudo mais real, inevitável, e eu ando fugindo da realidade que é ainda guardar esse amor forte, invicto, intacto. Eu precisaria sim te dizer tanta, mas tanta coisa, que calo e repito em gritos, só pra mim, sobrepondo as vozes que contrariam: vai passar, eu sei que vai. Minha estação não quer sintonizar, minha música se recusa a parar de tocar, meu irreal não vai parar de fantasiar e minha negação não vai renunciar. Mas vai passar, eu sei que vai.Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com33tag:blogger.com,1999:blog-1231867828408415265.post-40891395187505532372010-09-08T12:52:00.003-02:002010-09-08T13:30:55.981-02:00Everlasting love<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfeWnkm2MH4EAH96I7GIGqm4m_TLkd1efpefTP4Uznn0VlQvqoJnNnzpJz5OERKJYLKHi8_Egon-E0Hm0onQhEGbz3ZcJDWD8-dibH8tfUZjsAlcvQeWfMtL6lwPtrHQnUtHHrkPCXGGw/s1600/tumblr_l7d13b0hrr1qbq9hgo1_500_large.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 317px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfeWnkm2MH4EAH96I7GIGqm4m_TLkd1efpefTP4Uznn0VlQvqoJnNnzpJz5OERKJYLKHi8_Egon-E0Hm0onQhEGbz3ZcJDWD8-dibH8tfUZjsAlcvQeWfMtL6lwPtrHQnUtHHrkPCXGGw/s400/tumblr_l7d13b0hrr1qbq9hgo1_500_large.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514564272165527186" /></a><br /><span style="font-weight:bold;">"Oh, until the dawn it brings another day to sing about the magic that was you and me. Cause you and I both loved. What you and I spoke of and others just read of. Others only dreaming of, of the love, of the love that I loved."</span><br /><br />[Jason Mraz]<br /><br /> Me diz... Me diz como explicar o que ninguém consegue entender? Eu tento falar e as palavras ficam mudas. Eu tento imaginar e os olhos ficam úmidos. Eu tento simplificar e é tudo tão complexo significativo. É que tu sempre foste o que me foge do entendimento, o que meu raciocínio não acompanha, o que me fascina e aconchega. <br /> Minha parábola mais que oscilante. Eu sei, fugimos às regras. Não sei explicar e, ainda assim, tu sabes entender porque és o amor que quase nunca sinto e a eternidade que nunca questiono. <br /> Por que esse amor todo assim em mim? Parece ironia, brincadeira. Parece um desafio sentir algo tão grande e saber como administrar. Eu que espalho minha felicidade por aí e não sei me encontrar em quase nenhum lugar. Eu que emudeço em silêncio e calo minhas feridas no mais fundo de cada lágrima que quase nunca cai. Choro, esperneio, grito, rebelo. Faço tudo em silêncio, é uma confusão aqui dentro, tu sabes. E sinto que ouves meu barulho, escutas minhas guerras. <br /> E sabe o que eu começo a pensar? Que eu não sei amar. Não sei, não... Naquela minha velha mania de extremos, eu te amo além do que enxergo, escrevo, narro, até do que sinto. Não sei o que fazer com tanto-tudo e então faço essas tortuosidades, vou cometendo uns erros vazios. Fico assim: como uma criança perdida em loja de departamento entre tantos setores distintos, é tanta cor! Me perco entre cabides, placas, luzes, mas não demoro, me encontro. Volto. Volto pra ti porque encontro minha casa, onde tá meu coração. Pelos dias em que eu fui por tempo demais e o medo te tomou, peço desculpas. As crianças gostam mesmo de correr por aí, soltas demais, mas cansam. Cansam sempre e é necessário ter uma casa para qual retornar.<br /> Se fico parada diante das nossas mudanças é pela tranquilidade que nossa certeza me dá, por ter paciência e saber esperar os meus, teus, nossos momentos nos tempos em que eles vêm sempre. Adquiri a calma necessária e só quero te ver feliz, nos ver feliz, no caminho que for e eles se entrelaçam sempre que eu sei.Amanda Arraishttp://www.blogger.com/profile/11194204222585487756noreply@blogger.com32